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JAN
22
22 JAN 2024
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
Mês da Visibilidade Trans e Travesti é aberto com palestras, conversa e reforço aos direitos humanos
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“Conectando vidas, construindo pontes” é o tema da programação do Mês da Visibilidade Trans e Travesti, iniciada em Contagem, na  última quinta-feira (18/1), em evento promovido no auditório da Prefeitura, que trouxe apresentações artísticas e falas que ressaltam avanços e desafios. A programação acontece ao logo deste mês e vai contar palestras, intervenções artísticas, roda de conversa, serviços de saúde, orientação jurídica, entre outras atividades

O evento, em Contagem, precede o Dia Nacional da Visibilidade Trans e Travesti, celebrado em 29 de janeiro. As comemorações, no geral, buscam chamar a atenção para a importância da visibilidade e do respeito a este público na sociedade, fator preponderante para combater o preconceito, a discriminação e promover a inclusão e os seus direitos. A data de celebração mundial  é 31 de março.

O secretário de Direitos Humanos e Cidadania, Marcelo Lino, reforçou o que foi dito pelos convidados que participaram da abertura do “mês” com performances artísticas e falas oportunas. Marcelo disse que “é necessário unir esforços para acabar com violência física ou psicológica a este público; uma chaga brasileira. Muito mais que se apresentar artisticamente, estas pessoas têm o direito ao respeito, às profissões diversas, aos estudos, direito à saúde e direito a ser feliz. E esta secretaria se encontra neste princípio, o de construir uma sociedade justa com todos e todas”, salientou.

A pauta da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania voltada para as pessoas trans e travestis integra o Programa Mais Direitos Humanos, que tem como proposta o desenvolvimento de ações voltadas à promoção do acesso aos direitos e ao exercício da condição cidadã, ao fortalecimento de vínculos psicossociais, à oferta de atividades socioculturais e ao incentivo à ocupação de espaços públicos em todo o território de Contagem. 

Trans e travestis querem brilhar em profissões, além da arte transformista e em estereótipos profissionais

Evelyn Loren, presidenta e criadora do Coletivo TransViva, ressaltou no evento que a visibilidade para o público em questão, não deve ser janeiro, mas o ano todo, pois este é o mês que se oportuniza as lutas e as vitórias e os desafios de se viver no mundo.  Ela é uma das gestoras do Cellos Contagem - disse que o Coletivo foi criado para dialogar com a cidade e órgãos públicos sobre saúde, emprego, educação e lazer para as pessoas trans. Essa entidade dá as mãos e segue junto na mesma pauta dos Lgbtqia+. 

Segundo Evelyn, um dos principais sonhos do Coletivo é a criação de um ambulatório trans  no município. Outras pessoas que arrancaram aplausos da plateia, na abertura das atividades do Mês de Visibilidade Trans, foram as artistas Nickary Aycker  que se apresentou como ela mesma, e Michele Loren com performance artística musical de Edith Piaf. Também ocorreu um bate-papo com a irmão de Nickary, Kenedy Henrique. Ele falou de sua trajetória de vitória e lutas “como um passaporte para uma vida de paz e alegria”, já que é casado e tem um filho. 

Após a exibição do documentário em que Nickary é protagonista de sua própria história, esta falou um pouco de sua vida, chamou ao palco todas pessoas trans e travestis presentes e ressaltou a importância da visibilidade. “Todos os dias, a nossa realidade é acordar, viver, sofrer preconceito e sonhar. Por isso, a realidade do preconceito e da falta de respeito conosco precisam acabar. Precisamos de uma rede de apoio para termos mais anos e melhores dias de vida”, conclamou ela.

 

O evento tem como objetivo garantir visibilidade e respeito a este público na sociedade. Foto: Janine Moraes/PMC

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Dados disponíveis são da Unesp

Como o IBGE iniciou a pesquisa específica da população trans e traveti em outubro de 2023, que será divulgada somente no final deste ano, os dados disponíveis atuais são da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que apurou que cerca de 1,9% da população adulta brasileira, ou aproximadamente 4 milhões de pessoas, são transgênero e não binárias. Esta realidade traduz a falta de dados que possam ser utilizadas em políticas públicas que garantam a estas pessoas seus direitos fundamentais.

Serviço: 
Programação 

Dia: 24/01
Roda de Conversa 
Tema: Desafios e Conquistas na Jornada Trans, com a participação do Coletivo TransViva.
Objetivo: promover o diálogo inclusivo; compartilhar experiências e dialogar sobre família.
  • Intervenção Cultural com Allana Dellatorre, Lua Zanella e Scarlla Veiga.
  •  Horário: a partir das 18h30          
  •  Local: Casa Nair Mendes Moreira
  • Endereço: praça Vereador Josias Belém, 01, Sede

Dia: 28/01 
Programação especial com serviços diversos para garantir acesso e inclusão
  • Horário: a partir das 14h
  • Local: Parque Fernão Dias 
  • Endereço: Rua Rio Comprido, 4655 , Cinco
Autor: jornalista Noeme Ramos / Edição Carol Cunha
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